sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Machismo Nosso de cada dia...


Essa é uma questão que têm movido meus pensamentos nos últimos tempos!
É que entrei numa vibe de defender direitos iguais, isso engloba não apenas gênero, mas no geral.


Mas voltarei com tempo para dialogar...

Instinto Materno

Você tem três opções: o segue, o ignora ou briga com ele.



terça-feira, 25 de outubro de 2016

Mães têm função Extraordinária!

Seguir os instintos é muito mais vantajoso que seguir normais sociais.
Mas seguir o instinto não é algo que agrada...
E lidar com essa situação não é nada fácil!

Nossa sociedade fui mudando, com o aumento de "coisas" foi-se deixando de lado o "ser", e então o "ter" foi considerado mais importante.
Mas para "ter" é preciso "ser", existir primeiramente... saca?

O fato é que inicialmente, o que realmente importa são as necessidades básicas atendidas.
Vamos trazer isso para a maternidade, nascimento, etc:
O bebê nasce, ele precisa ter seu referencial: a mãe. A mãe fornece tudo o que precisa no momento: carinho, calor, colo, alimento, troca de olhar, voz doce que acalma, higiene. Passados meses inicia sorrisos, alimentação sólida, maior interação, interação com o mundo, o ambiente. Bebê tenta explorar o mundo, mas sempre retorna para seu referencial, e isso estende-se por toda a infância. Desde que a criança tenha um elo forte com sua mãe, ela sempre volta ao seu referencial quando precisa de colo, ajuda.
A sociedade não se deu conta de que função extraordinária essa mãe têm. Que todas têm. Mães são pessoas que formam novos cidadãos, mães fazem o futuro!
E então, quando a mulher pleiteia seu lugar no mercado de trabalho - porque ela é um ser humano, e também tem as suas necessidades- ela precisa exercer todos os demais papéis com maestria, mesmo ganhando menos, mesmo tendo carga dobrada/triplicada... não é levado em consideração a grandiosidade da função materna.
E aquela mulher que decide instintivamente estar com seus filhos, se fazer presente em suas vidas, é uma tola, preguiçosa... que decide ser sustentada pelo marido. Mas não percebe-se que essa mulher que sustenta seu lar, de amor e cuidados.

Mas o fato é que não é valorizado o contato, o cuidado, a atenção dada. Hoje o tempo está bem menos acessível que dinheiro.
Foi-se subindo na pirâmide de necessidades, buscando outros desejos e sonhos, e esquecendo-se do essencial, do fisiológico, intrínseco a qualquer ser: o contato, amor, presença.
Substituiu-se o seio materno por mamadeira, o colo do cuidador pelo berço/carrinho, os cuidados maternos pela escola/babá...

Sempre me questiono: será mesmo que estamos indo no caminho certo?
Todos estamos presos nessas regras sociais, inclusive eu mesma, minha família.
Só quero refletir sobre...

Acho que comecei falando de algo, terminei com outra coisa... mas enfim, é isso aí!


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Canção das Mulheres

Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. 
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta. 
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. 
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem, o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. 
Que se estou apenas cansada, o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. 
Que o outro sinta quanto me dói a ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida. 
Que se estou numa fase ruim, o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize. 
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire. 
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso. 
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Lya Luft
LUFT, L. Pensar e Transgredir, Canção das Mulheres, Editora Record, 1ª Edição, 2004.